sexta-feira, 5 de junho de 2015

O 22º Aniversário da Revolução Constitucionalista em Santo Amaro



O ano era 1954. A cidade de São Paulo, em 25 de janeiro, havia comemorado seus 400 anos. Em Santo Amaro, a 9 de julho do mesmo ano, comemorava-se o 22º aniversário da Revolução Constitucionalista de 1932.

O bairro, outrora cidade, estava em festa. Muitas casas ostentavam nas fachadas orgulhosamente a bandeira paulista. Nenhum santamarense naquele dia deixou de reverenciar a Epopeia Cívica Paulista que pouco mais de duas décadas antes ajudou a mudar a história do Brasil.

No mesmo dia, no Cemitério de Santo Amaro:

“Cerimônia tocante foi realizada junto ao túmulo do herói santamarense Delmiro Sampaio, que repousa em berço esplêndido e cercado da admiração de todos aqueles que conhecem a sua história de idealista e paulista que amava o Brasil. A solenidade foi de uma emotividade sem par, vendo-se em torno à sepultura considerável multidão que estampava no rosto a emoção daquele instante de veneração, mas também o orgulho de estar ali cultuando a figura de um herói valoroso e que deu em holocausto à pátria o que de melhor possuía: a sua vida moça e o seu sangue generoso.”

No Cemitério de Santo Amaro reuniram-se para prestar homenagens junto ao túmulo do Voluntário Delmiro Sampaio homens que haviam, em 32, integrado a Companhia Isolada do Exército de Santo Amaro – CIESA. Entre eles estavam: o comandante Capitão Luiz Martins de Araújo, o tenentes Waldemar Teixeira Pinto, Sebastião Rodrigues Campos, Waldomiro da Cunha Lobo e Goberto de Paula Avelar. Os sargentos Oswaldo Machado, Ricardo Grassmam e João Baptista Cataldo. Presentes ainda estavam os ex-combatentes: Jaime Marques, Olavo Luz, Ricardo Nascimento, Guaracy P. de Alcântara, Arlindo Machado, José de Oliveira Andrade, João Brito, Alfredo Lacerda, Francisco Comenale e Plínio Negrão.





Plínio Negrão além de ex-combatente constitucionalista foi professor dos mais conhecidos em Santo Amaro. Hoje uma rua da Granja Julieta e um colégio estadual da Vila Cruzeiro levam seu nome.

Plínio Negrão
Plínio Negrão e seu filho Milton trabalharam vários dias no túmulo do Voluntário Delmiro a fim de ornamentá-lo para aquele 9 de julho de 1954. Juntos pintaram-no, poliram sua placa de bronze, cobriram-no de flores e bandeiras artísticas.


Túmulo do Voluntário Delmiro Sampaio em 9 de julho de 1954

Antiga placa que indicava a Rua Voluntário Delmiro Sampaio semelhante à que estava sobre seu túmulo


Compunham a Comissão Organizadora das festividades do 9 de julho de 1954 em Santo Amaro: Walter Kivi, Teodoro Romano, Reinaldo Finucci, Achilles Ruggiero, Carlos Sgarbi Filho e Ulisses de Moraes.

Cemitério de Santo Amaro nos dias atuais

Obs: Os restos mortais do Voluntário Delmiro Sampaio foram transladados do Cemitério de Santo Amaro para o Mausoléu do Soldado Constitucionalista do Ibirapuera em julho de 1957.


REFERÊNCIAS

Revista Interlagos edição de julho de 1954
maps.google.com
www.facebook.com/pages/Homengem-ao-Colegio-Plinio-Negrão-1960-a-2014

Um comentário:

  1. Salve o bravo santoamarense de coração Delmiro Sampaio que lutou por causas justas com outros soldados e seu ideal prevaleceu.

    ResponderExcluir