PAULO VIRGÍNIO, HERÓI DE CUNHA
Cartaz em homenagem a Paulo Virgínio |
Em agosto de 1932, uma
patrulha composta por três sargentos da Força Pública do Rio de Janeiro e um
soldado Fuzileiro Naval patrulhava a zona rural da cidade paulista de Cunha no
encalço das tropas constitucionalistas. Ao chegarem a um pequeno sítio, no
bairro Taboão, encontraram o caboclo Paulo Virgínio que, perguntado, se recusa
a dizer que direção havia tomado o contingente paulista que há pouco passara
por sua propriedade. Inconformados, os militares ditatoriais passaram o
torturaram para que dissesse onde estavam ou que caminho haviam tomado os
paulistas. Com o intuito de arrancar-lhe a informação, Paulo Virgínio foi
afogado em um pequeno córrego e teve seu corpo escaldado por água fervente.
Mesmo assim encontrava forças para berrar a seus algozes: “São Paulo vence!”
Os ditatoriais,
enraivecidos, então o obrigaram a cavar a própria cova. Quando terminou, mais
uma vez foi questionado sobre o paradeiro dos paulistas. Em uma impressionante demonstração
de heroísmo e lealdade à sua terra exclama: “Morro,
mas a minha morte será vingada! São Paulo vence!” E uma rajada de
metralhadora crava-lhe 18 tiros pelas costas matando-o imediatamente. Depois
tem ainda o crânio esfacelado a coronhadas.
Deixou esposa e três filhos.
Monumento à memória de Paulo Virgínio localizado em Cunha/SP |
Em 1955 teve seus restos
mortais transladados para o Mausoléu ao Soldado Constitucionalista do
Ibirapuera para ficarem juntos com os restos dos jovens Martins, Miragaia,
Dráusio e Camargo.
São Paulo não se esquece de seus heróis!